sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PEQUENO DICIONÁRIO DA RAFAELA

Hoje me dei conta de como a Rafaela ampliou seu vocabulário nestes últimos três meses.  De sete palavras que conseguia pronunciar, passou a falar umas quarenta. Começou a nos imitar, e a imitar tudo que escuta. Está sendo muito emocionante poder acompanhá-la e ajudá-la nessa fase de descobrimento do mundo.
 
 
Até o primeiro ano seu repertório estava relacionado ao seu mundo (pequeno até então) e a palavras que nós mais usávamos com ela. As primeiras palavras foram papá e logo em seguida mamá, aos 6-7 meses aproximadamente. Depois vovói (vovó) e vovô, nenê e água.
 
Uma vez eu li em uma revista especializada em bebês que antes de pronunciar palavras os bebês podem se comunicar com gestos. É o falar sem falar. Isso acontece pois suas habilidades motoras se desevolvem mais depressa que a capacidade de falar. E a linguagem dos gestos aproveita esse dom natural dos bebês. Então lá fui eu testar essa linguagem com a Rafaela um pouco antes de completar um ano. Me centrei em dois gestos apenas, relacionados com suas necessidades mais básicas: comer e dormir. Quando era hora de comer eu dizia "vamos comer" e acompanhava com o gesto (levava os dedos de uma mão à boca, como se fosse comer alguma coisa). No começo ela parecia não entender, mas um dia me surpreendeu repetindo o gesto, o que significava que estava me entendendo. Hoje em dia ela me entende sem eu ter que usar o gesto, e responde com a cabeça dizendo sim ou não. Para este tipo de comunicação é importante ser constante para que o bebê relacione cada gesto com a palavra correspondente.
 
Vou deixar aqui registrado para quem tiver curiosidade em saber a lista de palavras que ela anda falando por aí:
 
Água
Au-Au = cachorro
Babá = batata
Bibe = biberón em espanhol = mamadeira 
Bô = bolacha
Bó = bola
Bubu = bumbum
Caca = Cocô (já me avisa quando faz caca)
Cabou = acabou
Cao = Tchau
Coca = coca-cola
Cocó = Galinha Pintadinha, galo e galinha
Côco = água de côco
Doti = Doki (personagem de desenho animado)
Eu
Faca = chama todos os talheres de faca
Fio = frio
Gol = aprendeu assitindo os jogos de futebol durante a Copa
Mamãe/Mãe/ Mamá
Mamão
Mi mamá = seu bichinho de pelúcia preferido (chamamos de mi mamá porque está escrito na camiseta do bichinho "mi mamá me mima" em español)
Nana = bichinho de pelúcia
Nenê = neném
Nino = danoninho
Não = atualmente é a palavra mais usada
Oi
Opa! = imita a mamãe quando vê algo cair no chão
Pa = pato
Papai/ Pai/ Papá
Papaki = Peppa Pig (personagem de desenho animado)
Pe = chupe/ chupete em espanhol = chupeta
Pipa
Piu-Piu = passarinho
Sal
Sim
Suco
Tedi = Ted, o ursinho de pelúcia
Tati = nome da mamãe
Tetê = leite
Tita = titia
Uva
Vaca
Viva! = imita a Peppa Pig que sempre diz viva!
Vovoi = vovó
Vovô
Xixi
 
Ela ainda não articula todas as palavras corretamente, às vezes troca alguns sons e geralmente encurta algumas palavras (bolacha por "bo"). Também ainda não começou a juntar palavras para construir frases.
 
Recentemente ela começou a associar os sons aos objetos e aos animais. Eu sempre uso o mixer para fazer sua vitamina de frutas no meio da tarde, e às vezes ela mexe no armário da cozinha, pega o mixer e imita direitinho o som que faz. Ela também imita o som da furadeira quando vê o pai fazendo algum trabalho aqui em casa. Na hora ela odeia o barulho, mas depois faz: "vummmmm papai" e aponta para a prateleira (toda orgulhosa!) contando para todo mundo que foi o pai quem pregou suas prateleiras no quarto.  Ela adora imitar os sons dos animais: da vaca (muuu), do cachorro (au-au), passarinho (piu-piu). E até acaba dando nome de au-au ao cachorro, piu-piu ao passarinho. A palavra vaca ela já usa corretamente, mas também acaba chamando vaca a todos os animais parecidos: boi, cavalo, burro...
 
Desde que a Rafaela nasceu nós procuramos estimulá-la a criar seu vocabulário dizendo como se chamavam as coisas que estávamos usando, eu aproveitava enquanto trocava a fralda e na hora do banho para mostrar as partes do corpo, e enquanto ela comia eu dizia o nome dos alimentos, e assim com tudo. O pai dela deu nome a todos os bichinhos, e sempre nos referimos a cada um deles pelo nome. Ela não sabia falar, mas quando pedíamos o bichinho tal ela corria para buscá-lo.
 
Com um ano ela começou a fazer natação maternal o que foi ótimo para seu desenvolvimento. As atividades/ brincadeiras eram todas acompanhadas de música e gestos, e em casa eu cantava e fazia os mesmos gestos. Logo ela aprendeu a imitar alguns gestos e a repetir algumas palavras.
 
Não quiz dar ênfase na quantidade de palavras que a Rafaela pronuncia, mas sim na capacidade que ela, e todos os bebês têm de se comunicar, com os pais inicialmente, e depois com o mundo que os rodeia. Não sabem falar, mas são perfeitamente capazes de se comunicar para nos dizer o que precisam. Desde recém-nascidos aprendemos a entendê-los pelo tipo de choro de fome, de sono, de dor, não é mesmo?
 
Esta nova fase está sendo ótima para todos aqui em casa. Isso significa menos estrés da nossa parte e frustração por parte dela, que passou a chorar menos, já que agora consegue se expressar por palavras e gestos, e mais facilmente conseguimos saber o que necessita e como atendê-la.
 
O modo como cada um de nós fazemos para nos comunicar com nossos filhos pode variar, o mais importante é oferecermos a eles o melhor estímulo para que possam aprender: nossa atenção e muito carinho.

terça-feira, 22 de julho de 2014

MUDANÇA DO LEITE ARTIFICIAL

Neste último mês a Rafaela experimentou uma situação nova: a mudança de leite, do Nan Comfor 3 (Nestlé) para o leite Enfagrow (Mead Johnson). 



A nova marca de leite foi recomendada pelo novo pediatra, que me explicou sobre as ótimas propriedades para o desenvolvimento cerebral dos nossos pequenos. Ele ainda me alertou que o leite Nan estava em 4o lugar no ranking dos leites artificiais.
 
Após a consulta com o médico, fiz minha lição de casa e pesquisei bastante sobre o novo leite. O Enfagrow possui o DHA, uma gordura do tipo ômega 3, importante no desenvolvimento cerebral dos bebês, que ajuda na concentração, memória e aprendizagem. Possui outros nutrientes tão importantes como a Colina, responsável pela memória, o Ferro, para a prevenção de anemia, o Iodo, que promove o crescimento e desenvolvimento do cerebro, o Zinco, que ajuda no bom funcionamento do cérebro, e os Prebióticos, que são o alimento das bactérias boas do intestino. E pronto, estava convencida! Mas por outro lado, o custo do novo leite não é tão acessível, é um pouco mais caro que o antigo. O ideal é pesquisar bem os preços. Encontrei diferença de quase 10 reais entre um supermercado e uma farmácia na internet.
 
Para iniciar o processo da troca comprei uma lata pequena de 400g do Enfagrow, e uma lata grande do Nan como alternativa caso a Rafaela evitasse o novo leite. Na teoria eu sabia que a mudança de leite levava um certo tempo para adaptação do bebê, então achei que podia alternar um leite com o outro. Na prática isso não deu certo, ela evitou logo na primeira vez que ofereci o novo leite. Em seguida ofereci o leite antigo e ela também recusou. A confusão estava feita. No dia seguinte tentei o novo leite e ela recusou de novo. Mas desta vez não ofereci o antigo. Tentei pela terceira vez o novo, e nada. Na quarta vez desisti do Enfagrow e continuei dando o Nan, com medo dela recusar novamente. Então segui mais uma semana com o Nan até que a lata acabou. Então decidi que realmente seria a última lata de Nan, e que daí em diante só daría o Enfagrow. E nas três novas tentativas ela recusou, mas na quarta aceitou, na quinta também, e já está há uma semana tomando o novo leite.

Acho que o segredo é esperar o bebê se acostumar com a novidade, e não força-lo a tomar o novo leite, e nem oferecer outra coisa em troca. No nosso caso eu não me desesperei porque a Rafaela está com 20 meses e já come de tudo, fome não iria passar. Mas se ela fosse bem novinha e só tomasse leite, acho que seria tudo diferente. Eu percebi que no começo a Rafaela tomava um pouquinho e logo desprezava. Fazia cara feia mesmo. Entao experimentei o  Enfagrow e percebi que tinha um cheiro mais intenso e um sabor mais doce que o Nan. Principalmente na mamadeira da manhã, quando coloco o complexo de vitaminas, o sabor ficava ainda mais doce.

O novo leite não provocou alergias nem prisão de ventre, nem cólicas. Notei que as fezes estão um pouco diferentes, cor/ consistência variadas, mas não sei se posso relacionar isso com o uso do novo leite.  O processo de adaptação não foi tão traumático, e parece estar funcionando bem agora.
 
Contei aqui minha experiencia em casa, então o que vale para um bebê, pode não valer para outro. O ideal é sempre consultar um pediatra, o profissional que pode melhor aconselhar neste caso.
 
Alguma mamãe já passou pela mesma situação? Conte aqui no blog como foi sua experiência.