Quando a Rafaela nasceu optamos por doar o sangue do nosso cordão umbilical a um banco público de SCU (Sangre de Cordón Umbilical) em Madrid.
Os trâmites para a doação foram simples. No dia do parto, quando dei entrada no hospital maternidade La Paz, a enfermeira me entregou um documento com toda a informação sobre o processo, um questionário de saúde (eu precisava cumprir uma série de requisitos médicos) e uma autorização que precisava ser assinada por mim.
O processo para recolher o sangue é totalmente indolor e não traz nenhum risco para a mãe nem para o bebê. O cordão foi cortado logo que dei a luz, com a placenta ainda dentro do útero, e para extrair o sangue realizaram uma punção com uma agulha direto na veia umbilical.
O sangue extraído foi levado a um laboratório para estudo e análise para descartar qualquer processo infeccioso que pudesse ter sido transmitido.
Um mês e meio depois do parto recebi uma carta do Centro de Transfusión de Madrid me agradecendo pela doação e informando que o resultado do estudo realizado estava dentro da normalidade, ou seja, nenhuma patologia foi detectada.
O sangue do cordão ficará armazenado no banco público à disposição de qualquer pessoa do planeta que precise de um transplante e que seja compatível com o sangue.
Interessante como um bebê que mal está chegando a este mundo pode contribuir para salvar uma vida!
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